quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Setor ainda tem pouco impacto na economia

Continuação da matéria de capa do jornal Diário do Nordeste

Embora o setor de tecnologia da informação e comunicação esteja em ascensão, ele ainda representa muito pouco para a geração da riqueza no Ceará, na comparação com outros estados nordestinos, a exemplo da Bahia e de Pernambuco, bem mais consolidados nessa área. “Em média, esse setor movimenta cerca de R$ 400 milhões ao ano,o que não chega a representar nem 1% do Produto Interno Bruto (PIB) cearense, ao passo queemPernambuco ele alcança a casa dos 3% em relação ao indicador”, relata Jorge Cysne, presidente da Assespro-CE.

Pernambuco saiu na frente

Segundo ele, o desempenho no Estado vizinho se deve a um projeto que começou há dez anos e envolveu as empresas, as universidades e o governo pernambucano, criando um polo de tecnologia, tema que só agora é que está em discussão na Câmara Setorial de Tecnologia da Informação e Comunicação, no âmbito da Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece), e que já vem sendo estimulado pelos empresários cearenses há alguns anos.

Face a isso, reforça Leonardo de Ávila, executivo de Negócios do Instituto Titan, entidade que congrega as 19 maiores empresas do setor no Ceará e responde por mais de 60% do seu faturamento, há um grande espaço para crescer. “Ainda temos um custo de mão-de-obra bem mais em contaque os demais estados nordestinos e do País”, argumenta.“Portanto, podemos e queremosaumentar a nossa participação no PIB do Ceará”, acrescenta o executivo.

Entretanto, avalia Brito, do Seitac, “do ponto de vista regional, o Ceará ainda é marcado pela ausência de políticas públicas que contemplem o setor, comoas hoje existentes na Paraíba, Pernambuco e Bahia, para citar só os estados do Nordeste. Nesse sentido, estamos décadas atrás desses estados”.

De acordo com ele, é importante lembrar ainda que o setor detecnologia no Estado é formado, em sua grande maioria, por micro e pequenas empresas, em torno de 94%. “São empresas ainda jovens, com idade média de apenas cinco anos”, frisa. “Mas que, no entanto, chegam a empregar diretamente em torno de 9.600 pessoas, conforme dados do Ministério do Trabalho e do próprio sistema Assespro/Seitac”, acrescenta.

Uma outra característica do setor de tecnologia no Ceará é a sua heterogeneidade. “São desenvolvedoras de software; fábricas de Software; consultoria em sistemas; modelagem e levantamento de requisitos; outsourcing; redes e conectividade; segurança da informação; provedores de acesso a internet; consultoria e comercialização de hardware; integradores de soluções; entre outras”, lista Cysne da Assespro-Ceará.

Porém, observa Brito, prevalecem as empresas prestadoras de serviços e desenvolvedoras de softwares sob encomenda (fábrica de software) e de software aplicativos (sistemas de gestão empresarial). (ADJ)


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Jornalista responsável

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