quarta-feira, 4 de novembro de 2009

É necessário qualificação

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Veículo: Diário do Nordeste
Data: 01/11/2009
Caderno: Negócios

Para continuar se expandindo e, de fato, se consolidar, o setor cearense de tecnologia da informação e comunicação ainda precisa aparar algumas arestas. Uma grande demanda e um dos graves problemas enfrentados pelos empresários do ramo é a formação profissional de quem nele atua. Ao mesmo tempo, questões de ordem tributária, como incentivos fiscais, e a implantação do tão aguardado polo de tecnologia também figuram no rol de necessidades que precisam ser satisfeitas. “Como em outros setores, a falta de profissionais qualificados impacta no avanço do setor. No nosso caso,como crescimento dos negócios, a demanda só tende a aumentar”, aponta o presidente da Assespro-Ceará, Jorge Cysne.

“E isso é, de fato, um problema. De longe, essa é a nossa maior necessidade. A carência vai desde o conhecimento das linguagens para o desenvolvimento até o domínio da língua inglesa”, detalha Leonardo de Ávila, executivo de Negócios do Instituto Titan.

Maurício Brito, do Seitac, lembra que o setor padece,também, de pessoal preparado para assumir a gerência deprojetos,sem contar com analistas de sistemas e programadores voltados especialmente para oambiente Web.

Incentivos

Para as principais lideranças do setor de tecnologia no Ceará, a definição de políticas públicas de apoio ao desenvolvimento da atividade, com a criação de um polo de tecnologia que seja referência no País, e a concessão de incentivos fiscais também de vem ajudar a recuperar o tempo perdido nessa expansão. “Precisamos da definição de critérios que possibilitem esses incentivos. Comparando com outros estados, nossos tributos são mais altos”, dispara Jorge Cysne, da Assespro-CE. “Em Pernambuco, por exemplo, não se cobra ICMS, apenas o ISS”, argumenta Leonardo Ávila, do Instituto Titan.

Segundo Cysne existe, atualmente, uma discussão ainda pendente sobre a tributação do software. “Há uma lei federal que determina que a licença de uso de software, forma pela qual é comercializado o produto em escala ou pontualmente, deva ser tributada pelo município, ou seja, sujeito a ISS. Atualmente na lei estadual do ICMS, consta que sobre o sistema deve ser cobrado esse outro imposto, desta forma temos uma situação de bitributação que é inconstitucional”, afirma.

Polo de tecnologia

Além das questões tributárias, lembra o presidente da Assespro-CE, os empresários do ramo clamam ainda pela determinação deumaárea física para localização de empresas de tecnologia, institutos de pesquisa, espaço para as universidades, representação do setor privado e governamental, “com áreas comuns, de forma a propiciar maior sinergia entre os participantes, gerando, dessa forma, oportunidades e uma marca forte para o Ceará, não só dentro do País,mas no mundo”.

Na avaliação do executivo de Negóciosdo Instituto Titan, Leonardo de Ávila, enquanto Pernambuco há dez anos já se preocupava com essas questões, o que foi feito no Ceará, até agora, não saiu do âmbito das discussões. “O que o governo do Estado fez até agora foi discutir um polo de tecnologia, mas eles estão mais preocupados com a geografia, ou seja, com a localização, do que com o formato que esse polo deve ter. Eles falam em algo variando entre 14 mil e 15 mil metros, ao passo que em Pernambuco,como Porto Digital, o investimento foi bem maior, com um quilômetro quadrado de extensão e R$ 33 milhões empregados”, afirma.

Compras Governamentais

Cysne lembra ainda que no mundo todo os governos são grandes clientes de tecnologia, funcionam como alavancadores do setor. “Assim, também queremos ter condições de competir de maneira mais forte nos processos decompras governamentais. Afinal, as empresas locais geram emprego e renda aqui, ou seja, a riqueza gerada permanece no local”, pontua. (ADJ)


Assessoria de Comunicação do Instituto TITAN - ITIC
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Jornalista responsável

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