segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Conectividade a serviço do desenvolvimento

Veículo: O Povo.
Caderno: Economia.
Data: 12 de setembro de 2009.
Link: http://www.opovo.com.br/opovo/economia/909039.html


O avanço da Internet é estímulo para geração de riquezas no Estado - e no mundo. Com a popularização da Web, toda a economia cresce, com a criação de novas formas de trabalho, renda e desenvolvimento social. A redução de custos é outra vantagem da grande rede


A popularização da Internet tem papel importante para o desenvolvimento de serviços públicos e privados no Ceará. O acesso à informação já é uma realidade e, aos poucos, a concretização de processos que antes exigia tempo e desgaste físico também já começa a ser estimulada, melhorando perspectivas, motivando a população e reduzindo custos.

De acordo com o conselheiro do Instituto de Tecnologia da Informação e Comunicação do Ceará (ITIC) e membro do Instituto Titan, Leonardo de Castro, com a ajuda da Web, os custos bancários caíram de R$ 10 para R$ 0,1. “Antes, se exigia pessoal, tempo e papelada. Hoje é mais fácil“, avaliou. Ele destaca ainda o acompanhamento de processos judiciais via Internet. “Não existe em outro lugar do mundo. O Ceará ‘dá um banho’ neste serviço“.

O presidente da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice) e professor acadêmico, Fernando Carvalho, diz que quanto maior o acesso da população à conectividade, maior é o Produto Interno Bruto (PIB) per capita. “Em regiões onde se passou a ter acesso, o crescimento foi de 2%“, disse. Para Carvalho, a tecnologia facilita o desenvolvimento e toda a população cresce a reboque. “A conectividade aumenta a riqueza“, resume.

O acesso a banda larga evolui 12% ao ano no Brasil. “É um dos maiores avanços do mundo“, disse Castro, calculando que o número de computadores vendidos por ano é de 22 milhões, sendo 64% voltados ao uso pessoal. “O fato demonstra uma domesticação da Internet“, avaliou.

Os estudiosos atentam para os avanços, mas também para os problemas que a popularização da Web pode acarretar. “Percebemos um maior volume de informação circulando na sociedade, mas o fato pode ser analisado por dois prismas. Um bom outro nem tanto“, comenta Leonardo de Castro. Para ele cria-se uma planificação dos desejos, que muitas vezes acaba motivando a criminalidade. “É democrático, mas expõe a criança menos favorecidas a um tipo de padrão que ela não possui“.

A regulamentação do acesso seria uma saída para combater o problema. “Países desenvolvidos já controlam o conteúdo. Talvez esteja na hora de se pensar em algo para evitar crimes contra as pessoas“, entende Castro.

Fernando Carvalho também vê problemas. Segundo ele, o serviço ainda é de péssima qualidade. “As estatísticas mostram que o brasileiro é um dos povos que passam mais tempo na Internet, acontece que 80% desse tempo é ocioso“, lembra.

Pela falta de uma conexão mais eficiente, Carvalho afirma que as pessoas acabam usando programas que não exigem muita velocidade e capacidade de armazenamento. “Outros serviços agregados à Internet ficam sem uso, como videoconferência e telefone via IP“, enumera. (CHC)

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